fonte : Site Lance net
Corinthians terá até o fim de 2019 para investir R$ 12 milhões em contrapartidas sociais por causa da cessão do terreno
Caio Carrieri
Publicada em 04/05/2011 às 21:32
Na tarde desta quarta-feira, Ministério Público e Prefeitura de São Paulo assinaram o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), documento que libera o terreno para a construção do Fielzão, em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo.
O estádio que o Corinthians pretende construir é para 65 mil lugares e é favorito para receber a abertura da Copa de 2014.
Com a assinatura do TAC, o clube do Parque São Jorge se livra de uma ação movida pelo Ministério Público em 1988. Na época, o órgão cedeu o terreno ao Timão, que teria de erguer a sua em casa no local em, no máximo, cinco anos - o que não aconteceu.
O próximo passo é a homologação do registro por parte da 14ª Vara da Fazenda, o que deve acontecer entre esta quinta e sexta-feira, segundo informou ao LANCENET! José Carlos de Freitas, promotor de Justiça de Habitação e Urbanismo.
Depois disso, segundo Freitas, o termo passará a se chamar Título Executivo Judicial, e o Corinthians terá de investir R$ 12 milhões na cidade de São Paulo em contrapartidas sociais. E o prazo será até o fim de 2019.
- Até dezembro de 2014, o Corinthians terá de pagar R$ 4 milhões. De janeiro de 2015 a dezembro de 2019, terá de realizar o restante do investimento - informa o promotor.
Se não cumprir o acordo, o clube pode ter bens, rendas de jogos e até valores de transação de atletas penhorados, afirma José Carlos de Freitas.
Antes de começar as obras, o Corinthians ainda necessitará do aval da Secretaria de Habitação e da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.
Segundo projetou Luis Paulo Rosenberg, vice-presidente de marketing do clube, a construção do Fielzão deve começar neste mês de maio e tem previsão de ser finalizada em novembro de 2013.
Assim, o estádio não poderia ser utilizado um ano antes do Mundial na Copa das Confederações, competição utilizada pela Fifa como teste das sedes para a Copa do Mundo.
Orçado em R$ 650 milhões, o Fielzão contará com o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), por meio da construtora Odebrecht, e com isenções fiscais da Prefeitura.
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