LANCENET! aponta os bastidores que motivaram o triunfo do Timão sobre o rival Palmeiras em meio a protestos
Rodrigo Vessoni
Publicada em 08/02/2011 às 07:05
A postura tranquila dos jogadores corintianos contra o Palmeiras chamou a atenção. Após sofrerem quatro dias de ameaças e atos de vandalismo, eles tiveram calma para bater o líder do Paulistão.
Uma situação que só foi possível devido ao trabalho psicológico da comissão técnica antes do triunfo. Ainda no sábado, pouco tempo depois de serem alvejados dentro do ônibus por paus e pedras, Tite reuniu os atletas no hotel e abriu a chance de um desabafo coletivo.
Os jogadores falaram entre si. A iniciativa do treinador ocorreu porque o mesmo sentiu a tensão do grupo após o ataque furioso dos vândalos. Segundo relatos de um dos jogadores, que pediu para não ser identificado, à reportagem do LANCENET!, houve cobrança de um ao outro, houve xingamentos e repúdio ao episódio do ataque inconsequente.
– Quem quis falar, falou. Quem quis xingar, xingou. Aquilo fez bem pra todo mundo. O pessoal ficou mais solto – contou o jogador.
Já no vestiário da Pacaembu, a tristeza pela morte de William Morais virou combustível. A tradicional oração antes de subir ao gramado foi feita em cima da perda do ex-companheiro. A promessa de todos foi de um bom jogo, para que o ex-amigo sentisse orgulho do grupo.
Até mesmo Julio Cesar foi "trabalhado" antes da partida. Considerado o principal homem em campo, o camisa 1 foi "aceso" no aquecimento pelo preparador de goleiros Mauri Lima, que o percebeu mais tranquilo do que o normal. E chacoalhou.
– Eu fui firme. Não costumo fazer isso, mas gritei com o Julio. Ele me respondeu igual, coisa que ele não costuma fazer. Tentei dar aquela acendida e deu certo. A qualidade é dele, tem de sobra... – lembrou.
O futebol, definitivamente, não se resume a 90 minutos...
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