sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A briga pelo dinheiro do Comitê Organizador

fonte : Blog do Perrone

Um dos problemas que afastaram o Morumbi da Copa do Mundo de 2014 foi a insistência de Juvenal Juvêncio em aproveitar no estádio uma fatia do dinheiro enviado pela Fifa para o COL (Comitê Organizador Local) usar em obras temporárias na Copa do Mundo de 2014.


Juvenal foi um dos primeiros a descobrir que a Fifa disponibilizará pelo menos U$ 250 milhões para o COL usar em instalações provisórias nos estádios (áreas para receber convidados e centros de imprensa, entre outras). Essa verba também serve para custear outras despesas do comitê, como gastos com passagens para membros da Fifa e a manutenção do próprio COL.

O comitê negou o dinheiro ao São Paulo afirmando que a prioridade é usar a verba para a sua manutenção. Agora o Corinthians também está de olho nos mesmos milhões para ampliar seu futuro estádio.

O fato de a CBF e Ricardo Teixeira serem sócios do COL e poderem dividir como quiserem os lucros obtidos pelo órgão com a Copa, conforme matéria publicada pelo Lance, explica porque é tão difícil para os donos de estádio terem acesso a essa verba enviada ao comitê pela Fifa.

Imagine que o COL não obtenha lucro com a Copa, mas que consiga economizar 10% desses US$ 250 milhões. Serão US$ 25 milhões para serem divididos entre CBF e Ricardo Teixeira como o presidente da confederação achar melhor. O dinheiro também pode ficar inteiro com a CBF ou com Teixeira. Não haveria nada de ilegal na operação.

A CBF alega que o comitê não recebe dinheiro público e que Ricardo Teixeira sairá da sociedade quando a lei brasileira não exigir pelo menos dois sócios. Apesar de não entrar dinheiro público no COL, a Copa só virá para o Brasil por causa das garantias dadas pelo Governo Federal. E dos bilhões que serão investidos em infraestrutura.

Pelo menos, os cartolas dos clubes poderiam pressionar os presidentes das federações para garantir que o eventual lucro da Copa seja usado de maneira interessante para melhorar o futebol brasileiro (isso não tem nada a ver com pagar dívidas dos clubes). Mas quem vai querer peitar a CBF?

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