sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Nota Oficial dos Gaviões Coletivo Rua São Jorge

Nota Oficial do Coletivo Gaviões Rua São Jorge a respeito dos últimos acontecidos do Sport Club Corinthians Paulista e a intervenção do Movimento RSJ.

Na última quinta-feira, 7 de outubro, quatro integrantes dos Gaviões da Fiel – Movimento da Rua São Jorge foram ao Centro de Treinamento do Corinthians para ouvir o que a diretoria alvinegra tinha a dizer sobre as derrotas para o Atlético Mineiro e para o Internacional, e sobre os empates com o Ceará e o Botafogo, na nossa casa.

Do ponto de vista racional, fomos ao CT porque entendemos que o torcedor é o único e exclusivo consumidor do futebol. Nós pagamos (e pagamos cada vez mais caro!) os nossos ingressos e temos o direito de reclamar quando o produto que nos é oferecido não condiz com o valor que nos é cobrado. Também temos o direito de reclamar por propaganda enganosa, mas não há um só órgão regulador e fiscalizador que ouça o que o torcedor tem a dizer. Nós aprendemos assim no Brasil desde o começo dos tempos: que para sermos ouvidos temos de beber na fonte. E a fonte é quem nos engana e quem nos cobra caro. A fonte é a diretoria corinthiana.

Do ponto de vista emocional – e é esse que sempre nos importou e o que sempre fala e falará mais alto quando o assunto é Corinthians -, fomos ao CT porque este símbolo é aquilo que temos de mais importante em nossas vidas. E quando quem nos representa e quem veste a camisa não defende este símbolo como nós defendemos, não honra esta camisa ALVINEGRA como nós honramos, nós temos o direito de dizer que isso não nos serve. Não nos serve jogador que ganha para não jogar, diretor que tenta comprar a torcida. Não queremos ninguém menos que alguém que dê o sangue dentro e fora de campo para representar o nosso amor.
 
O Corinthians ainda não tinha dado vexame contra o Atlético-GO no Pacaembu nem contra o Vasco, em São Januário, mas fomos até o CT para dizer que nossa paciência já estava no fim. Para dizer que temos visto, cada vez mais, tudo o que está acontecendo de errado dentro do clube e também na torcida do Corinthians. Para dizer que ninguém pode nos comprar e que, portanto, cumpriremos sempre nosso papel de fiscalizador do Corinthians. Os Gaviões da Fiel nasceram para fiscalizar quem está à frente do Corinthians. Para cuidar do Corinthians. Para proteger este símbolo. E o nosso amor. Tudo isso foi dito para a diretoria corinthiana na quinta-feira.


Não fomos ao CT para pedirmos a cabeça do técnico Adílson Batista porque entendemos que tudo faz parte de um contexto. Um contexto ao qual pertencem os jogadores, a diretoria, o técnico, o Departamento Médico, o preparador físico, os marketeiros, os empreiteiros e outros interesseiros.

Conversamos com Adílson Batista, pedimos empenho, perguntamos sobre os desfalques e a falta de preparo físico do elenco. Durante a conversa, calma e tranqüila, ele chamou a responsabilidade para si e pediu que apoiássemos o elenco.

Nossa postura sempre foi apoiar o elenco durante os 90 minutos da partida. Nós cantamos, batucamos, gritamos e sabemos o papel que nós temos para colocar a equipe sempre em frente, em busca dos caminhos que levam à vitória. Mas também sabemos claramente o nosso papel para além da arquibancada. Nós buscamos o nosso direito e por isso estávamos ali.

Continuaremos com a nossa voz e com a nossa dignidade. Ninguém compra o nosso amor. Esse sim é inabalável e invendável.

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