quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A derrota de Andrés em São Januário

O técnico interino do Corinthians, Fábio Carille, seguiu o manual da diretoria para escalar o time contra o Vasco em São Januário. Para começar, promoveu a volta da dupla formada por William e Chicão na zaga. Adílson Batista foi massacrado pelos cartolas por não ter deixado os dois jogarem juntos ao menos no segundo tempo contra o Atlético-GO. Os dirigentes disseram que foi uma falta de respeito sacar o capitão William para o retorno de Chicão no segundo tempo. Queriam a saída de Tiago Heleno.


Carille também deu ouvidos à diretoria, capitaneada por Andrés Sanchez, ao dar espaço a jogadores revelados nas categorias de base, permitindo as entradas de Boquita e William Moraes durante o jogo.

De nada adiantou atender aos desejos dos cartolas. O time foi derrotado e Fábio desperdiçou a sua primeira chance de provar que pode ficar no comando até o fim do Brasileiro.

Porém, mais do que o interino, perdeu Andres Sanchez. Viu fracassar a sua tese de que o time poderia melhorar de desempenho com pequenas mudanças. A equipe repetiu antigos erros e voltou a sentir a falta de um banco de reservas mais confiável.

Andrés também amargou o fato de descobrir que não é tão fácil encontrar um substituto para Adilson Batista como imaginava. Acreditava que com a ajuda de Ronaldo, Roberto Carlos e Ricardo Teixeira seria moleza convencer Carlos Alberto Parreira aceitar um convite do clube.

Para piorar, o cartola que havia menos de um mês comemorava o centenário corintiano com pose de maior presidente da história, teve de engolir um coro da Gaviões da Fiel com ofensas a ele no fim do jogo. Provavelmente o protesto partiu da ala dissidente da torcida (Movimento Rua São Jorge), mas não deixa de ser um baque para Andrés, que fez um pacto com a organizada e acreditava estar imune às suas queixas.

O quadro negativo para o cartola se completa com as críticas que começa a receber de alguns aliados. Enxergam erros na montagem do time, reclamam do excesso de poder dado a alguns jogadores, do pacto com a torcida, de falhas no comando das categorias de base e da ausência de um diretor de futebol mais atuante do que Mario Gobbi. Enfim, com a conquista do Brasileiro cada vez mais distante, por enquanto, só sobra o projeto do futuro estádio como motivo de comemoração para Andrés em 2010.

do Blog do Perrone

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