quinta-feira, 4 de junho de 2009

O papel de cada um

Por Leonor Macedo

Um zagueiro e um ônibus em chamas. Frutos de um futebol sem limite, desorganizado e desumano. Um futebol que repete os mesmos erros na alegria e na tristeza.

Quando o William foi incendiado por faíscas de sinalizadores e papéis picados, resultado de uma equação bem simples e capaz de ser prevista até por uma criança ainda bem pequenina, boa parte da imprensa sorriu. Achou curioso - para não dizer engraçado - que diante de um Pacaembu lotado, o capitão do time campeão paulista de 2009 pegasse fogo ao lado do Ministro dos Esportes Orlando Silva, do Secretário de Esportes da Cidade de São Paulo Walter Feldman e do presidente do clube Andres Sanchez. E, mais uma vez, limitou-se a resumir o fato somente em manchete e noticiou-o em duas linhas como se fosse um acidente casual.

Ao atear fogo no ônibus da torcida do Vasco ontem, 03/06, os torcedores corinthianos conseguiram uma atenção pouco maior por parte dos jornalistas. Digo pouco porque, apesar de ter sido massacrada com notícias sobre o fato em todos os veículos de comunicação, nenhum jornalista buscou, novamente, saber o que aconteceu na noite de ontem.

Li um promotor discursar sobre uma possível emboscada de corinthianos, associados aos Gaviões da Fiel e pertencentes ao movimento da Rua São Jorge, preparados para pegarem a torcida do Vasco na Ponte das Bandeiras. Ouvi a polícia dizer que nos quatro carros que acompanhavam o ônibus das pessoas da Rua São Jorge havia barras de ferro e uma espingarda de calibre 12. Vi a Ana Maria Braga gritar com um papagaio falante ao seu lado que "aquilo não era torcedor, mas um bando de marginal e vagabundo".

E precisei de três ou quatro telefonemas para tentar ouvir quem nunca é ouvido. Alguém que, infelizmente, é sempre um de nós.

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Quando o Mandioca me procurou na arquibancada ontem, no intervalo do jogo, e me disse que havia ocorrido um confronto entre torcedores da Rua São Jorge e torcedores do Vasco, eu busquei com os olhos algum amigo integrante do movimento. Achei e perguntei se ele tinha alguma informação.

- Estou esperando alguém me dar notícias, mas há bastante gente ferida porque o negócio foi feio. Parece que houve um tiroteio.

Vi as lideranças das torcidas conversando próximas ao alambrado até o intervalo do segundo tempo. Senti um clima tenso, pesado, frio, preocupado e preocupante. Mais do que já estava naquela noite gelada de outono, de uma semifinal vencida por 0 a 0 em uma partida mal disputada.

Ao sair, esmagada por uma multidão desorganizada, peguei uma carona com um amigo. Ligamos o rádio e ouvimos que havia um ônibus da torcida do Vasco incendiado do lado de fora do Pacaembu em represália à morte de um torcedor corinthiano na Marginal Tietê.

Cheguei a minha casa e as primeiras informações já estavam na internet: emboscada, briga, tiro, espancamento, fogo, ônibus, nada. Liguei para dois ou três amigos que provavelmente estariam no ônibus de corinthianos da Marginal, já que eles são lideranças do Movimento Rua São Jorge e costumam sair do Corinthians em dia de jogo até o Pacaembu. Nada mais coerente. Nenhum atendia ao telefone. Dormi mal e preocupada.

Quando acordei, as notícias eram as mesmas. Exatamente nada apurado. Liguei o MSN e encontrei um amigo que havia visto ontem no estádio:

- Está sabendo de alguma informação?
- Sim. Saí do jogo e fui ao PS de Santana, para onde foram levados os torcedores feridos. O torcedor morto não foi reconhecido. Foi encontrado pelado, só de cueca, na Praça Campo de Bagatelle, sem nenhum documento e desfigurado.
- E o que aconteceu?
- 15 ônibus do Vasco cruzaram com um do Corinthians na Marginal Tietê.

Difícil acreditar que torcedores de um ônibus do Corinthians fizessem emboscada para 15 ônibus com torcedores do Vasco. Nem toda a falta de bom senso do mundo atropelaria essa matemática.

Depois falei de novo com o Mandioca, que tinha conversado com o Sid, que tinha falado com o Gabriel, todos tentando encontrar alguma informação do que aconteceu, de algum amigo ferido, morto.

O Gabriel não tinha conseguido entrar no estádio porque um dos meninos que estava com o ingresso dele também estava no ônibus da Rua São Jorge, indo para o Pacaembu. Às 21h50, horário em que começaria o jogo, ele ligou para esse amigo:

- Pô, são 21h50. Cadê você com meu ingresso? O jogo está começando.
- A polícia parou a gente para uma revista aqui na frente do Clube Esperia. Acho que já já eu to aí. Peraí, mano, putaquepariu!!!!! Peraí que os caras da Força Jovem estão correndo para cima da gente.

E desligou o telefone. O Gabriel não entendeu bem o que tinha acontecido e continuou na porta do estádio, na esperança de conseguir o seu ingresso e entrar para ver o jogo. Um tempo depois, apareceram de táxi algumas pessoas que estavam na briga para contar o que tinha acontecido. Pareciam zumbis, inchados, cortados, com os agasalhos encharcados de sangue.

- Quem conseguiu escapar está aqui. Quem não conseguiu, está preso ou foi parar no hospital - disse um deles para o Gabriel.

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Depois li na internet o promotor declarando que a emboscada já estava armada há muito tempo. Que na quarta-feira de manhã ele já tinha recebido uma denúncia e que a torcida do Vasco tinha proposto deixar os ônibus nas sedes da TUP e da Mancha Verde, organizadas do Palmeiras e que são co-irmãs da Força Jovem, como eles gostam de dizer. Mas que a promotoria e a polícia não tinham aceitado porque, no trajeto a pé ao Pacaembu, haveria enfrentamento entre torcedores.

Ficou decidido que ao chegar a Guarulhos os ônibus da torcida do Vasco receberiam escolta policial até o Pacaembu, fazendo o caminho pela Marginal Tietê. Mesmo caminho que fazem os torcedores corinthianos lá da Zona Leste e que a polícia do estado saberia se tivesse alguma comunicação até mesmo por um walk talk.

Foi neste trajeto que tudo aconteceu. E só quem estava lá saberia me dizer o que tinha rolado. Até que consegui falar com um dos amigos lideranças do movimento, hospitalizado.

- Como você está?
- Sem dente, cabeça cheia de ponto, com dor até para respirar. Talvez tenha que operar a mão e o braço.
- E o que aconteceu?

O que aconteceu foi que a Rocam parou o ônibus dos torcedores do Corinthians para uma revista. E parou quatro carros de corinthianos que estavam junto. O ônibus dos torcedores corinthianos não tinha nenhuma escolta policial porque, segundo a promotoria, eles não são torcedores organizados com CNPJ. Mas são. Torcedores dos Gaviões da Fiel que se reúnem longe da sede. Só que em um Estado de Direito, onde existe uma constituição que alega que é dever desse Estado zelar pela segurança de seus cidadãos, qualquer pessoa física deveria ter garantida a sua integridade física. Não precisaria pertencer a nenhuma associação, agremiação, clube, empresa, fundação, OSCIP, ONG para conseguir chegar viva ao estádio de futebol. A qualquer lugar.

Com a proteção policial negada e sob ameaça de bater e apanhar, provavelmente a mesma que o promotor havia recebido na manhã de quarta, esse grupo de corinthianos resolveu fazer a própria segurança. Gentileza gera gentileza, estupidez gera estupidez.

Ao ver a Rocam parada em frente ao Clube Esperia, dando uma batida policial no grupo de corinthianos, outros 20 policiais da Rocam que trabalhavam na escolta da torcida do Vasco e que não foram avisados que por aquele caminho fatalmente as torcidas se encontrariam, resolveram parar os ônibus do Vasco a fim de evitar esse confronto. Mas pararam muito perto. Aos poucos, eles foram descendo, 800 deles.

Incontroláveis como toda massa enfurecida por uma rivalidade bestial, porém histórica, os vascaínos partiram para cima dos corinthianos. Carregando barras de ferro, armas, paus, rojões e outros objetos que serviram de arma e que não foram tomados pelos policiais da escolta em uma revista que não aconteceu. E massacraram os corinthianos. E mataram um deles atirando o corpo em uma praça que foi palco da comemoração do Campeonato Paulista de 2009, no mesmo dia que o William pegou fogo.

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Eu que estava no estádio, soube disso no dia seguinte, mas não saberia se não tivesse ligado para meia dúzia de amigos e só esperasse a notícia que me dão. O que sei é que, naquela noite - e falo agora como se tivesse passado muito tempo porque será daquelas noites que carregarei para sempre - os 800 torcedores do Vasco que brigaram antes do jogo chegaram atrasados na partida, mas chegaram. Conseguiram entrar no estádio, assistir a partida do seu time que, mesmo perdendo, lutou até o final pela classificação. Mas o Clayton, que morreu nu e desfigurado em uma praça da Zona Norte de São Paulo, não vai conseguir chegar nunca mais.

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Essa é a versão que não é publicada nos jornais, que não aparece na televisão, que não se ouve no rádio, mas que mesmo assim existe. Que é fruto de uma equação tão banal quanto àquela que fez o William pegar fogo na alegria de se comemorar um título. E que, nem por isso, é evitada.

Quem sofre a violência dentro e fora dos estádios sabe quais são os motivos que o levam a ela. Sabe que qualquer violência é fruto de algo muito maior: de uma nação deseducada, desorganizada e cada vez mais desumana; de um Estado omisso, corruptível, impune, burocrático; de uma polícia despreparada, mal paga, preconceituosa; de uma imprensa burra, preguiçosa e reacionária; de um futebol paternalista, aproveitador, interesseiro e explorador.

E sabe justamente o que fazer para combater a violência. Toda a promotoria, comissão de paz, clubes, polícia, torcedores, ministério, imprensa, todo mundo sabe qual é seu papel nessa história. Mas só o que se vê é a repetição dos mesmos erros. E a simplificação das soluções. Porque é muito mais fácil criar uma camisa e um ônibus à prova de fogo do que parar de atear fogo em jogador e matar torcedor, cidadão. Todos nós inflamamos o William. Todos nós matamos o Clayton.

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21 comentários:

Alexandre Maruca disse...

Pulga, agradeço você ter colocado este comentário pois eu não estava entendendo o que tinha acontecido e o que a imprensaestava falando ("torcida Gavioes Rua São Jorge arma emboscada contra torcedores do vasco.."). Não combinava. É difícil entender o queaonctece com os jornalistas esportivos. Não acredito emignorância. Parece uma tentativa (que já conhecemos) de incriminar torcedor organizado,mas a relação com a "Rua" é nova. A ideologia incomoda. Além de não querer o povo organizado, parece que não querem também independência. Melhor torcedores com o rabo preso com o clube. Mais fácil de controlar.
Muito triste saber disto. Muito triste uma morte tão banal. Temos que espalhar o artigo.

Alexandre Maruca (amaruca@bol.com.br)

DIOGO disse...

...pena q na grande midia isso nao vai sair...e no texto que vc escreveu antes do jogo com santos jah alertava pra os problemas que resultaram nisso...

Unknown disse...

Obrigado Pulguinha e Leonor por nos dar a verdade dos fatos .
Agora, bem que as lideranças da RSJ e mais o presidente da Gaviões poderiam dar uma entrevista unica para todas as emissoras de Tv/Radio/Jornal para esclarecer os fatos para a populaçao. E o pq da liberação dos onibus do vasco depois que um torcedor foi morto ?? a policia de SP + MP são todos muitos preconçeituosos.
Meus pesames a familia do Clayton, e que a sua perda não seja em vão.
SCOOBY(baixada) Los Angeles.

Anônimo disse...

Quem tem também que responder por calúnias é esse dito Promotor, tal de Paulo Castilho, que fica na imprensa verborragiando besteiras mil.

Isso me lembra uma época de um quase nada...capez, que tb fez uso da mídia em favorecimento próprio.

TO não tem santo não.. Mas olha o ponto que esse país chegou a tempos, onde "aplicadores da lei", não passam de escaladores sociais...

Estamos destinados à jogos de futebol como na década de 20.. Todo mundo sentadinho e calado, como se estivesse vendo uma partida de tênis. E o pior: na arquibancada, meia dúzia que pode pagar por ingressos absurdos em verdadeiros elefantes-brancos!

E os assassinos? Tem algum detido? Pra que? A culpa é só de quem estava na sua própria cidade indo ver um jogo do seu time em sua cidade....

Lamento a morte do rapaz e desejo muita força e fé para sua família...

E lamento também a eterna inércia da maioria que quer ir e voltar dos estádios com segurança, com a camisa da sua torcida, sem morrer, ser espancado e sem ser classificado e tratado como marginal.

Lamento a divisão dos Gaviões, o que eu temia parece, agora, mais do que nunca que irá acontecer. A extinção da mais bela e grandiosa torcida organizada que o mundo já viu.
E tudo por causa dos egos de gerações que não souberam honrar seu lema.

L.H.P., lembram?

Ass.: Maria

Anônimo disse...

Qual a posição das lideranças agora?
Qual vai ser o futuro do movimento ?
Vai acabar ?

Nunca vi a torcida mucha q nem quarta feira!
Precisamos de vcs!!!

Caio Scafuro disse...

E aí Pulguinha, com certeza vc nem lembra de mim, conversamos algumas vezes na quadra dos Gaviões... há pelo menos uns 4 ou 5 anos. Sou associado da Pavilhão 9, mas não frequento mais os estádios por estar morando no litoral. Sou jornalista e compartilho a mesma opinião que você. Ninguém dá espaço para que os mais fracos citem suas versões. A polícia é fonte confiável para tudo. Pode abrir qualquer jornal que você imaginar e veja que todos dizem: "segundo a polícia...", "de acordo com um policial que atuou..."

Dizem que a ditadura se foi, mas os militares continuam com a voz forte. Já reparou nisso?

Não os condeno nem acuso. Apenas acho que a mídia deveria fazer o que se aprende nas cadeiras da faculdade: ouvir os dois lados, e sempre duvidar do que o lado mais forte diz.

E agora a promotoria quer fazer jogos de uma torcida só. O que você acha? Eu acho que só vai gerar mais violência. Justamente pelo fato de as autoridades se despreocuparem sobre um possível conflito entre torcedores.

Abraço cara.

raffaeldantas disse...

Com licença,

porra fiquei chateado, o cara era meu vizinho, de boa, tranquilo, na dele. Não fazia mal pra ninguém, trabalhador, sereno, sempre com alguma coisa do corinthians, aquela velha camisa branca desbotada da kalunga, soltando pipa com os sobrinhos...
Minha irmã me falou que a rua está triste, um clima pesado, horrível...
Espero que a morte do "Zé", como o chamavamos na rua não seja em vão!!!

Saudações

Anônimo disse...

é por esses comentários que vc fez é que alimenta ainda mais rivalidade como essa... mentiras não levam a lugar algum.
com muita revolta que venho nem sei por que lé e ainda até o final seu comentario... fico triste pois vc foi infeliz nas suas declarações que não condizem com o acontecido.

sem mais

Anônimo disse...

realmente vc não estava no ko por isso faz comentarios tão absurdos.

Anônimo disse...

Quanta mentira junta! Se você não estava, era melhor não postar nada do que colocar mentiras absurdas! Só quem tava la sabe o que aconteceu.

é por esses comentários que vc fez é que alimenta ainda mais rivalidade como essa... mentiras não levam a lugar algum.[2]

fico triste pois vc foi infeliz nas suas declarações que não condizem com o acontecido.[2]

Unknown disse...

Nossos jornalistas refletem bem a hipocrisia da sociedade!!!!
Ainda bem que pra mim este texto trouxe a verdade a tona!!! Valeu pulguinha!!!

Tuca_ABC disse...

Como que 1 ônibus de corintianos faz emboscada para 15 ônibus vascainos? É o preconceito que gera esta "opinião pública", que de pública não tem nada, não é opinião do povo, é apenas mais uma opinião criada e imposta pela mídia, mídia esta que aliena, explora, sensacionaliza, dita as regras de nossa atual sociedade. Vejo a infância perdendo sua inocência cada dia mais cedo, o pai de família tendo que se matar de trabalhar para poder sustentar sua família e chega em casa e assisti, lê e vê a notícia que sua torcida bota fogo em onibus, que sua torcida briga gratuitamente, que os "coitados" do Rio apanharam...
Sou Gaviões da Fiel, tenho orgulho em poder ajudar Nossa Família, sinto a torcida no coração, o sentimento de arquibancada, de união, camaradagem, respeito e de um tempo pra cá (2005 pra frente para ser sincero) vejo este sentimento se perdendo, muita gente se vendendo e outros tapando o Sol com a peneira, minha opinião e desejo é que todos os corintianos independente de torcida, facção, se mobilizem, porque juntos somos fortes, somos o povo, somos a massa, somos a quebra de preconceitos e conceitos impostos, aquele sentimento que na alegria e na tristeza sabemos que temos um ao outro, a quem podemos confiar, e nós levantamos de um tombo na certeza que daquele modo não iremos cair novamente. UNIÃO. APENAS UNIÃO. L.H.P.

Anônimo disse...

Eu só queria entender por que a polícia mantém preso acho que 19 torcedores do Corinthians como se eles tivessem matado alguém e deixou os torcedores vascaínos entrarem nos ônibus e voltarem para o Rio de Janeiro depois de tudo...

Renan lhp disse...

é claro que esse promotor vai jogar a culpa na rua sao jorge ou nos gavioes pra que ele vai culpar a força se o interesse dele é istinguir as torcidas daqui de sao paulo , como pode ter apenas corintianos ainda presos se quem morreu foi exatamente um corintiano.

PULGUINHA disse...

Tem alguns idiotas que não captam que o texto é de autoria da Leonor Macedo.

Miguel disse...

http://blogs.lancenet.com.br/alemdojogo/2009/06/05/uma-historia-malcontada/

Uma história malcontada
por Marcelo Damato

A história do choque entre as torcidas na quarta-feira à noite não será esclarecida sem que perguntas sejam respondidas:

Como dois anos depois de ser fundada a facção Rua São Jorge, dissidência da Gaviões formada por torcedores supostamente mais radicais e violentos, continuou a ser ignorada pela PM, a ponto de não ser incluída no planejamento de segurança que é exigência do estatuto do Torcedor?

Por que os policiais do comboio que escoltava os vascaínos não foram avisados por outros policiais que havia um ônibus do Corinthians parado à frente?

Por que a PM não usou balas de borracha e bombas de gás contra os torcedores que estavam brigando?

Como o corpo de um corintiano que brigou na marginal Tietê foi aparecer na praça Campo de Bagatelle, a 500 m do local do confronto?

Por que só foram presos corintianos, se o único assassino era supostamente vascaíno?

Por que a PM e a Polícia Civil, que encontrou o corpo antes de a partida começar, não foi ao Pacaembu, para iniciar ali junto à torcida do Vasco a investigação sobre o assassinato?

Fiz todas essas perguntas para o promotor de Justiça Paulo Castilho, que cuida da segurança do futebol. A todas respondeu com uma ou outra das frases: “Marcelo, você é um sujeito inteligente” e “A PM tem autonomia para decidir o que deve fazer”.

A jornalista Leonor Macedo, que é ligada à Gaviões, afirma que o ônibus dos corintianos estava parado na marginal porque estava sendo revistado pela PM, especificamente pela Rocan (batalhão de motoPMs). Castilho nega e reafirma que houve “emboscada”.

Por fim, Castilho disse que já requisitou à Band imagens de uma reportagem feita com vascaínos no Pacaembu, em que eles mostram pertences do corintiano morto, inclusive casaco, gorro e uma carteira de identificação. Imagens dos objetos foram colocados em site de uma torcida vascaína como troféu de guerra.

Alexandre Maruca disse...

O Lance de hoje pelo menos considerou a versão do outro lado e publicou fotos da torcida do vasco que no mínimo os comprometem. Vamos monitorar para ver se a verdade aparece e se espalha.

Eliana Black disse...

Muito bom este texto da Leonor.
As informações para a massa são trasmitidas sem a parcialidade que deveria. A nossa sorte é que sempre há alguém que tem a verdadeira história pra contar.
Mas e agora, oque será feito para que "massacres" como esses não aconteçam mais?

Luh disse...

Lámental mais a verdade sempre vem ...O que nao muda é a impunidade..PAZ pra familia e amigos do Clayton.....

vou DIVULGAR!

Andre disse...

- NÃO HÁ COMO ESCONDER A VERDADE, UM DIA ELA APARECE...

- 15 ÔNIBUS DO VASCO SAIRAM DO RIO DE JANEIRO E NENHUM, NENHUM FOI REVISTADO EM SÃO PAULO;
- PARARAM OS ÔNIBUS DO VASCO NA MARGINAL COM POUCAS MOTOS DA ROCAM...

- PARARAM O ÚNICO ÔNIBUS DA TORCIDA DO CORINTHIANS E 3 CARROS PRÓXIMO A MARGINAL;
JUCA KFOURI PERGUNTOU, PERGUNTOU: QUEM EM SÃ CONSCIENCIA IRIA ARMAR UMA "EMBOSCADA" ESTANDO EM MENOR NÚMERO DIANTE DA POLÍCIA NUMA MARGINAL TIETÊ PARADA, E TEM MAIS... COM MULHER E CRIANÇA DENTRO DE UM ÔNIBUS????

- SERÁ QUE A POLICIA NÃO ERROU (POLICIA NÃO ERRA????) EM TER PARADO AS DUAS TORCIDAS PRÓXIMAS??? A TORCIDA MAIOR, BEM MAIOR NÃO PODERIA TER PORTADO AS TAIS ARMAS????

- SE REALMENTE FOI UMA EMBOSCADA - SE A TORCIDA DO CORINTHIANS ESTAVA TÃO FORTEMENTE ARMADA COM ARMA DE FOGO INCLUSIVE- PERGUNTO: PQ NENHUM, NENHUM VASCAINO SAIU FERIDO????????

FORAM SÓ CORINTHIANOS FERIDOS E UM MORTO.

- APÓS A COVARDIA, NENHUM ÔNIBUS DO VASCO TEVE SUA PLACA ANOTADA, NENHUM MEMBRO DA TORCIDA CARIOCA FOI FICHADO, TODOS DEVERIAM SER...

- NO ESTÁDIO, TORCEDORES DO VASCO EXIBIAM AS ROUPAS DO RAPAZ ASSASSINADO;

- DEIXARAM A TORCIDA DO VASCO IR EMBORA NUMA BOA;

- NO DIA SEGUINTE, A PM SAIU COM A HISTÓRIA DE "EMBOSCADA" E O PROMOTOR TAMBÉM???

A VERDADE VAI APARECER...

Larissa Beppler disse...

Nê,

A Leonor mandou muito bem no texto. No meu blog divulguei o comunicado da Rua e também uma excelente matéria que saiu no Observatório de Imprensa, está tudo aqui:

http://larissabeppler.wordpress.com/

Beijos alvinegros,

Lara!