sábado, 27 de junho de 2009

Não Somos Dissidentes - Gaviões da Fiel Movimento Rua São Jorge

Manifesto dos Gaviões da Fiel Movimento Rua São Jorge a respeito das menções de sermos uma dissidência dos Gaviões da Fiel.

Para quem sabe da ideologia verdadeira, sabe que ser Gavião não se resume a um espaço físico, a uma camisa que veste o corpo, a uma carteira com um número. Gaviões é uma ideologia. E ideologia se pratica em qualquer lugar. Ser Gavião é acima de tudo uma atitude. Uma forma de agir e pensar que nos identifica, nos qualifica, nos diferencia do resto do mundo. A atitude de ser Gavião acontece em qualquer lugar, em qualquer hora.

Quando fomos tirados dos estádios respondemos para a sociedade: Corinthians, com ou sem minha camisa, o meu mundo é você!

Quando as portas da quadra estavam para serem fechadas, gritamos: não adianta fechar a quadra. Os Gaviões sempre existirão, porque nossa existência independe de um espaço físico. Vamos nos reunir na rua, em qualquer lugar. Felizmente, ganhamos a batalha, e a quadra não foi fechada. Nem tivemos que mudar de nome como fizeram outras torcidas. A quadra fecharia, mas não mudaríamos o nome. Seriamos para sempre os Gaviões da Fiel Torcida. Para sempre os fiscalizadores do Corinthians Paulista do nosso coração. Isso é o que nos define acima de tudo o mais. Somos em nossa essência os defensores do Todo Poderoso Timão.

O Movimento Gaviões da Rua São Jorge, surgiu, tomou vulto, e afirmou sua existência dentro da nossa quadra. Por razões várias, optamos por nos estabelecer em outro lugar, e não mais na quadra. Escolhemos a Rua São Jorge. Nada mais forte, nada mais significativo para o que estamos nos propondo como Gaviões. Optamos por nos instalar ali, de cara pro Corinthians. Fomos nos estabelecer ali, levando com a gente a ideologia que aprendemos em nossos anos de quadra, com os nosso espelhos, com as nossas referências de lideranças. Muitos de nós adquiriu essa ideologia diretamente deles. Outros dos que aprenderam com eles. Um ensinamento passado de geração a geração. E claro que levamos em nossa bagagem a camisa que nos identifica. Mas a camisa mais importante é a que veste a alma. Que não é a camisa material, mas a camisa do sentimento. Com isso não queremos dizer, que a camisa que veste o corpo, não tenha importância. Tem. E muita. É a concretização material da camisa que veste nossa alma. Não abrimos mão dela. Não abrimos mão de ser Gavião. Pois ser Gavião é um patrimônio humano de todos nós que dedicamos grande parte de nossas vidas para nossa entidade.

Dizer que os militantes do Movimento Gaviões da Rua São Jorge são uma dissidência, é querer nos tirar uma essência que é nossa. É querer negar nossa forma de existir. Ninguém pode nos dizer o que somos ou o que deixamos de ser. Nós afirmamos que somos Gaviões. Que a Velha Guarda dos gaviões é também a nossa Velha Guarda, que o Bandeirão Número 1 é também o nosso bandeirão. Que todos os bandeirões são também nossos. E a quadra também é nossa. Porque é também nossa a história dos 40 anos de Gaviões da Fiel Torcida. Nós participamos da construção dessa história.

Não temos na Rua reunião de sócios novos. Pois somos todos sócios de uma única entidade: Grêmio Gaviões da Fiel Torcida fundado em 1 de Julho de 1969, por Flávio La Selva e Outros Grandes Nomes. Somos sócios dos Gaviões que militamos na Rua.
Nós consideramos e respeitamos o Grêmio Gaviões da Fiel Torcida, seu presidente, sua diretoria, independentemente dos caminhos escolhidos. Apenas por uma impossibilidade histórica, decidimos que exerceríamos o nosso Corinthianismo, o nosso Gavionismo na Rua São Jorge. Não somos os Gaviões dissendentes, somos os Gaviões residentes da Rua São Jorge.

2 comentários:

Tuca_ABC disse...

A primeira vez que vi o Movimento Rua São Jorge ( foi num jogo contra os Porco ) achei que era algo apenas contra um lance contra o carnaval e contra os manés que nem corintianos eram e estavam na Gaviões por causa do Carnaval, agora lendo e conhecendo alguns sei que é algo sério e concreto contra os manés que não são corintianos e que estão por causa do Carnaval, contra o pseudo futebol ( que só visa lucros e mais lucros ) e em pról do Corinthianismo ( este perdido pelos veículos de comunicação e transformado em $$$ capital pelos cartolas). A resistência é forte e soberana. Salve o Corinthians, salve o Movimento Rua São Jorge, salve os Gaviões independente onde colam, salve o Bom Retiro, o Tatuapé, o Grande ABC, toda ZL, ZN, ZS, ZO, Interior... Salve o Corinthians, o verdadeiro sentimento.

Carlos-Ribeirão interior disse...

A rsj demonstra possibilidade, de organização política dentro do “mainstream” do futebol, não apenas no sonho bucólico dos idílicos jogos de várzeas (que eu acho o máximo), sobretudo por tratar do Corínthians, que querendo ou não é o maior time do Brasil, ainda mais por sua história ser pintada com traços politizados. Seria muito interessante que alguém falasse mais sobre a história politica que sempre foi aguda e calcada por sentimento extremo de paixão e politica o que o DIFERE sem dúvida alguma de outro time…e que se fizesse um esforço para que suas respectivas torcidas organizadas, atuassem politicamente, juntas e unidas unicamente no APOIO E FISCALIZAÇÃO do grande CORINTHIANS.